segunda-feira, 3 de maio de 2021

O RABINO QUE VIROU SANTO

Para muitos amazonenses é santo sim, quer queira quer não! Local de peregrinação e orações, pedidos e súplicas na esperança de cura para doenças graves, o seu túmulo, em Manaus-AM, tornou-se ao longo de décadas local para entrega de presentes e agradecimentos por graças alcançadas. Católicos de toda região Norte, recorrem ao santo judeu milagreiro de Manaus, Emannuel Muuyal.

           Sepultura do rabino Emannuel Muuyal.
A saga dos judeus que, no começo do século 19 e ao longo de mais de 150 anos, deixaram o norte da África, (Marrocos – mais precisamente), para viver na região amazônica, já chamou a atenção de muita gente pelo resto do mundo.

Graças a inúmeras reportagens, documentários, e pesquisas realizadas, a história dos caboclos judeus da floresta, foi amplamente relatada no documentário “Eretz Amazônia” ou Terra da Amazônia, em hebraico, produzido com o apoio da TV Cultura do Estado do Pará.

- “Eles se autodenominam “os hebraicos” e vieram para a região amazônica no tempo áureo da borracha, espalhando-se pela região que vai desde Belém até Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia. Hoje, estima-se que são cerca de 60 mil e mantêm vivas as tradições e leis judaicas” –  extraído do Almanaque do Aluá nº 2 (SECAD – Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade). MEC. Janeiro 2006.

Entre as muitas histórias curiosas que se contam desse povo está a história de um rabino que virou um santo popular católico. A história do rabino Emannuel Muuyal, que deixou a Palestina, por volta de 1900 para iniciar uma campanha de arrecadação de dinheiro, para manter a sua escola de rabinos na Terra Santa. Ao chegar no Marrocos, soube que muitos dos seus tinham vindo para a região norte do Brasil, fazer fortuna com a extração da borracha. “O rabino, então, viajou ao Brasil e se estabeleceu em Manaus”. Continua na coluna PERISCÓPIO.

 

  

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