sábado, 1 de maio de 2021

Trabalhadores de Nova Iorque

Durante muitos anos comentou-se que era uma fotomontagem, mas, com o tempo comprovou-se que não. Na época, um a cada dez operários estavam desempregados. 

A verdadeira história da foto mais comentada no Dia do Trabalho. A imagem de onze homens anônimos sentados numa viga a cerca de 250 metros de altura, sem nenhuma segurança, durante um intervalo de almoço. A imagem impactante do ano 1932 de autoria do fotógrafo profissional Charles Ebberts, reflete o cenário da falta de segurança para os milhões de operários da construção civil, nos anos de fome e miséria provocados pelo “crack” da Bolsa de Valores em 1929.

A queda da Bolsa de Valores em 1929 havia arrastado o país a uma crise econômica, sem precedentes e em seguida pelo resto do mundo. Aos poucos a economia mundial foi se recompondo, graças ao impulso das grandes fortunas grandes arranhas céus foram sendo construídos, como o Rockfeller Center, um conjunto de 14 edifícios, e o Empire State, entre outros.

Os operários devido ao desemprego se sujeitavam a todo tipo de risco. Centenas deles morreram. Só em Nova Iorque foram cerca de 400 em menos de dez anos. A maioria deles imigrantes, que ganhavam um dólar e meio por dia, em precárias condições de vida, que mal dava para sobreviver.

Conta-se que naquele período a desocupação era tão grande que muitos deles formavam filas nas frentes das obras, esperando que algum operário despencasse lá de cima para tomar o seu lugar.

A média era essa. A cada piso do edifício que era concluído morria um trabalhador. A palavra de ordem e a regra de ouro era: “não olhe para baixo!

Em outra imagem Charles Ebbets é fotografado numa das vigas durante a construção do Rockfeller Center. Nova Iorque, 1932. 

 

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