sábado, 31 de outubro de 2020

VACINA CONTRA O COVID-19 -

 Perguntas aleatórias em busca de respostas.

·                    Sabemos que a função das vacinas no organismo humano é estimular o sistema imunológico na produção de anticorpos, a partir de uma amostra enfraquecida ou inativa do agente causador da doença a ser evitada.

Quem já contraiu o vírus pode tomar a vacina sem sofrer sequelas?

 

·                    Sabendo que as vacinas podem ser conceituadas como intervenções, de caráter preventivo, o que pode acontecer com quem já tem anti-corpos e tomar a vacina?

 

·                    Por que uma das cláusulas contratuais  dos laboratórios (sem distinção de nacionalidade), se isentam e  informam que “não se responsabiliza por quaisquer danos ou sequelas à saúde das pessoas que porventura  venham receber as doses das vacinas produzidas por esses mesmos laboratórios? ” Quem se responsabilizaria  por isso? O governo? A OMS?.

 

·                    Quem pode ter sido acometido do vírus e não manifestou qualquer sintoma, pode ser vacinado?

 

·                    Como podemos ser obrigados a receber uma vacinação sem comprovação de que realmente é eficaz e funciona?

 

·                    Se o Código Civil Brasileiro  afirma  que ninguém é obrigado a receber tratamento contra a sua vontade que possa pôr em risco sua saúde e sua vida?

A melhor forma não seria a manifestação da vontade do paciente através de um termo de consentimento?

(Após o paciente, ter recebido todas as informações e sanadas todas as dúvidas sobre os procedimentos terapêuticos e diagnósticos, manifeste seu consentimento ao médico para que sejam realizados?).

 

 

Como o Ibope mede a audiência dos programas de televisão e quanto vale cada ponto registrado?

Para fazer a medição de audiência, o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística instala nos televisores de dez capitais brasileiras um aparelho chamado peoplemeter. À medida que identifica o canal sintonizado, este aparelho envia a informação à central do Ibope, via rádio-frequência. Nas medições feitas em São Paulo, esta resposta é gerada minuto a minuto, criando uma amostra em tempo real. Os dados são automaticamente tabulados e em seguida são transmitidos aos assinantes do instituto (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, etc.), por rádio-frequência ou internet. Na medição, um ponto de audiência equivale a 1% do universo pesquisado de uma cidade ou região. A Grande São Paulo, por exemplo, possui aproximadamente 4,47 milhões de domicílios com tevê e uma população pouco superior a 15 milhões de habitantes. Então, um ponto de audiência neste local significa 1% de sua audiência, o equivalente a 44.700 aparelhos ligados em um determinado canal.

VEJA MAIS EM CURIOSIDADES

·        Como são construídos os prédios à prova de terremotos?

·        Por que a bússola aponta sempre para o norte?

·        Por que o sabonete escorrega?

·        Como o sabão limpa?

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

VIRGILIO TAVORA SEM MEDO DE CARA FEIA

 
Virgílio de Morais Fernandes Távora, nasceu em Jaguaribe, em 29 de setembro de 1919 e morreu em São Paulo, 3 de junho de 1988. Exerceu as funções de militar e político, sendo deputado federal, governador por duas vezes e senador. É sobrinho de Juarez Távora, udenista (UDN), arenista (ARENA), e que teve a ousadia de colocar esquerdistas para tocarem a educação introduzindo o método de alfabetização de Paulo Freire para o Ceará.

Virgílio não tinha medo de cara feia, nem sequer a do seu conterrâneo e já presidente da República, o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, após da derrubada de Jango do Poder.

Quando da inauguração da chegada da energia de Paulo Afonso ao Ceará, teve a coragem de reconhecer – no discurso - a iniciativa do ex-presidente João Goulart em tornar realidade o sonho dos cearenses. A chegada da energia elétrica!

Poucos teriam a coragem de, pelo menos, se referir ou citar o nome do ex-presidente da nação naquele momento.   

          Virgílio e Castelo e uma réplica de torre de alta tensão.


Assim era Virgílio Távora. 
Sempre foi e continuará sendo um nome suprapartidário na política do vizinho estado do Ceará. Tinha lado, tinha partido, tinha suas convicções ideológicas, mas,  acima de tudo tinha a capacidade de dialogar. Para ele a população não é uma parte, segmento, nem partido, é um bloco, um todo. Recentemente, foi lançado em Fortaleza o livro: “Virgílio Távora e Sua Época” pelo ex-deputado cearense Marcelo Linhares. Segundo o autor “ É uma maneira de engrandecer e reconhecer ainda mais a contribuição que o ex-governador teve no crescimento do nosso Estado, principalmente quanto a açudagem e barragens no interior visando a boa convivência com  a estiagem”.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

JESUS:– Muitas verdades serão reveladas faltam apenas 13 anos.

 O livro, Jesus: Aproximação Histórica, do mundialmente respeitado teólogo José Antonio Pagola, (Teólogo e Mestre em Ciências Bíblicas pela Pontifícia Universidade Gregoriana e do Pontifício Instituto Bíblico de Roma) veio enriquecer a teologia e, de forma especial, a cristologia.

Sua linguagem é simples e acessível a todas as pessoas que desejam um maior conhecimento da pessoa de Jesus de Nazaré, sejam crentes, sejam ateus ou agnósticos. Ao mesmo tempo, fornece ao leitor, dados necessários para o aprofundamento do estudo, de forma especial, apontamentos nas notas de rodapé. Trata-se de uma obra que pretende apresentar Jesus de forma que seja conhecido e amado. Através da forma narrativa, o autor busca tornar conhecida a pessoa e a mensagem de Jesus não apenas para um mero conhecimento intelectual, mas, de forma especial para um conhecimento amoroso. Ou seja, trata-se de um anúncio de Jesus convidativo a novas experiências para com Ele.

Interessante é que a figura do Messias desperta a cada dia mais e mais atenção e curiosidade dos crédulos e incrédulos. Daqui a 13 anos, (exatamente no ano de 2.033), ficarão à disposição do público em todo o mundo, os arquivos secretos do Vaticano, ou seja, os 113 tomos - 52 do Velho Testamento e 61 do Novo Testamento. Muitas verdades que ficaram retiradas após o Concílio de Nicéia, na Ásia Menor (região da atual Turquia) realizado em 325 da nossa era. Continua em Periscópio.

Por que o sabonete limpa a sujeira?

Como se mede o teor alcoólico nas bebidas?

É perigoso engolir chiclete?

Como se sabe o número de calorias de um alimento?

Veja as respostas na pág. Curiosidades


sexta-feira, 23 de outubro de 2020

NOMES NA POLITICA – PODEMOS LEVAR A SÉRIO?

 Existem postulantes às Prefeituras e Câmaras Municipais, para todos os gostos pelo Brasil afora. São 5.570 municípios e 47,32 milhões de eleitores. Alguns se destacam pela criatividade para chamar a atenção dos eleitores. Na Bahia, em Goiás, Rio Grande do Sul, não importa onde estejam: para assegurar a vaga três irmãos “Mano” em Goiânia, disputam o legislativo. Mano Santos (PL), Mano (PCdoB), e Cleubismar Mano (Cidadania). Tem ainda os “pica paus” não o do desenho animado mas, o Alessandro Pica Pau (PTC),  o DJ Pica Pau (PTC), tem o Serjão - “Esse é Bão” (PDT)  esse é prá ninguém botar defeito.  

Quer mais? Ainda em Goiânia tem o escorregadio “Mantegão” (PDT). E o torcedor  apelidado de Tim, do Vila Nova de Goiás, que bateu com um chinelo no próprio rosto depois de ver o seu time cair para a Série C. O popular  Tim também é candidato e registrou: Tim da Chinela (PDT). Sônia “Boca de Galinha” (PCdoB), na gíria policial seria o “vulgo” dela. São cerca de 1.100 candidatos disputando uma das cadeiras na capital goiana.

Nomes estranhos, apelidos, engraçados, descontraídos, divertidos, chamam mais a atenção do eleitor, - dizem -  em diferentes momentos das campanha políticas isso sem ocorreu.

Se por um lado tem algo de sério na política, por outro lado, há os que se aproveitam de piadas para se fazer conhecido. É o vale tudo em busca do voto.

O TSE – Tribunal Eleitoral Superior  proíbe o uso do nome de órgãos públicos, mas permite as siglas. Assim, a candidata a vice prefeita de Pires do Rio ( GO) Deusileni Gaspar da Silva, conseguiu registrar-se  como Deusileni Escrivã da PF Aposentada.

Outros candidatos por Estado da Federação: Em Mina Gerais temos, por exemplo:

Dudu Cremoso (MDB) na cidade  de Araújos  MG

Itamar Boi (MDB) – também em Araújos MG
Pé de Pato do Lixo (PODEMOS) – Bambuí MG
Pipi de Jorge (PSD) S. Gonçalo do Rio Preto MG

Ferreira do Suvacão – (Patriota) – Dores de Guanhães MG

Agenor Passa a Régua – (Avante) Tarumirim MG

Adriano “Pirulito” (DEM) – Cana Verde MG

Ênia da Boca de Onça (PSL) -  Gouveia MG.

Em Miguel Pereira tem o candidato a vereador Marcinho Cheio de Pulga (PSC - nº 20666) “Nesse Você pode Confiar” ! você confiaria ele pegar seu filho  abraça-lo ou dar uma sacudida?


A Pica também resolveu sair candidata em 2020.  Parece piada né? No município de Sagrada Família – RS, uma candidata, Josiane Brizolla,  32 anos, dona de casa divorciada, natural de Palmeira das Missões – RS, registrou sua candidatura pelo Partido dos Trabalhadores – PT (nº 13013) com o codinome de “Pica”!  Ouçam o jingle da campanha dela  que diz “vai no rumo certo...”  Eita Brasil... em Periscópio.



quarta-feira, 21 de outubro de 2020

A ENTREVISTA COM JUDAS NO INFERNO

Em pensamento eu dei um giro no passado

A dois mil anos do presente me afastei,
À procura de um amigo injuriado
A quem cordialmente entrevistei.
OUÇA EM MEMÓRIA MUSICAL

 

A LUTA DE DAVI CONTRA GOLIAS

A pressão, do apito da sirena da fábrica da Pedra anunciava a chegada de um novo tempo para o nordeste.  Som que se ouvia de longe nos confins do sertão alagoano, como um arauto de um novo tempo, um tempo de paz, de trabalho e de incentivo à vida, diante das várias formas de hostilidades dos elementos naturais.

Trabalhando dia e noite, exceto aos domingos, a fábrica da Pedra causava espanto e admiração. Era ponto de referência. Atraía a visita de governadores, embaixadores, jornalistas, engenheiros do país e do exterior que se encantavam com a organização, limpeza, e, acima de tudo, pelo conforto e valorização dos operários.

A Fábrica Estrela de Delmiro já produzia mais de 20 mil carretéis de linhas por dia e teve  boa aceitação pela qualidade e resistência dos fios. A marca Estrela rapidamente ganhou mercados na Argentina, Chile, Peru e outros países andinos. Concorria em pé de igualdade com a Machine Cotton Ltda. (Linhas Corrente – a marca de proa do trust inglês/escocês). Em três anos já produzia 150 mil carreteis por dia.

            Alagoas foi destaque na industria têxtil Foto cedida pelo Museu Delmiro Gouveia

Os ingleses detinham o monopólio do setor, mas, aí veio a I Guerra Mundial, o produto dos ingleses ficou escasso e inconformados registraram como deles a marca Estrela no Chile e Argentina. Também tentaram comprar o parque industrial de Delmiro. A resistência contra o “trust” inglês foi  uma luta de Davi contra o gigante Golias. LEIA MAIS EM PERISCÓPIO

 


terça-feira, 20 de outubro de 2020

DELMIRO NÃO DEU A IDEIA – ELE FEZ ACONTECER

 Autoritário e de temperamento difícil, à medida que enriquecia criava mais inimigos, especialmente entre os políticos pernambucanos, o que o levou a se separar da esposa  e a refugiar-se durante um ano na Europa. Voltou ao Brasil, ano seguinte explode a paixão por uma  adolescente, Carmela Eulina do Amaral Gusmão, (sobrinha do governador do Estado, de apenas 16 anos). Fugiram para Penedo (AL) e de lá para o sertão, na Vila da Pedra, perto do rio São Francisco, e retomou o comércio de peles. Ali, peles e couros eram tratados e enfardados e seguiam de trem até a estação de Piranhas. De lá, eram levadas de barcaças até Penedo e daí em navios para os EUA.

Barcaças em Penedo - AL  (arquivo IHGAL)

Com apoio financeiro dos irmãos Rossbach, uniu-se a dois sócios italianos, Lionelo Iona e Guido Ferrário, fundando a firma Iona e Cia., com sede em Maceió. Em pouco tempo recuperou-se financeiramente e viajou diversas vezes à Europa e aos Estados Unidos, onde conheceu a nova revolução industrial provocada pelo uso da energia elétrica. LEIA MAIS EM PERISCÓPIO

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

A TRÁGICA NOITE EM QUE O passado matOU o futuro

Às 9 da noite, três tiros de rifle ecoavam no silêncio da noite no sertão alagoano. O suficiente para o passado matar o futuro!  10 de outubro de 1917, já passados 103 anos, era assassinado o industrial Delmiro Augusto da Cruz Gouveia. Cearense de Ipu, filho ilegítimo de um rico fazendeiro e negociante de gado, Delmiro Porfírio de Farias, morto na Guerra do Paraguai. Ao lado da mãe e dos irmãos menores, migrou para Pernambuco, primeiro para a cidade de Goiana, depois para Recife. Foi bilheteiro do bonde de Olinda e do trem urbano. Depois trabalhou como despachante de barcaças, interessou-se pelo ramos de peles de cabras e ovelhas e vai para o interior do Estado, intermediando compra e venda para os importadores estrangeiros sediados em Recife. Casou-se com a jovem Anunciada Cândida de Melo Falcão, em 1883, na cidade de Pesqueira. (Conheci o lindo e adornado portão e o casarão da Vila Anunciada,- ainda existem?).

Deu exclusividade para os americanos da Keen Sutterly & Co. da Filadélfia, logo passou a gerente da firma. Quando a matriz faliu nos EUA, ele negocio e assumiu a filial de Recife surgindo daí a Casa Delmiro Gouveia & Cia. (1896). Ligou-se depois a L.H. Rossbach & Brothers de Nova Yorque. Foi para os EUA, e pediu o suporte financeiro aos empresários. Acreditaram nele e  com apoio dessa empresa, em pouco tempo triplicou seus negócios espalhando postos em compra em todo o nordeste. Ficou conhecido como “O Rei das Peles”.


LEIA MAIS EM PERISCÓPIO

domingo, 18 de outubro de 2020

 

·        Na França, quando alguém quer pão, pede pão francês ou apenas pão?


·        É verdade que o hot dog é o maior causador de intoxicação alimentar do mundo?


·        O que é um ovo caipira?


·        O chocolate que fica esbranquiçado está estragado?

         Respostas na página Curiosidades

sábado, 17 de outubro de 2020

MÚSICAS A FAVOR E CONTRA A MUDANÇA

 

 PARA BRASILIA

"Nova Capital" Autores: Aldacir Louro, Sebastião Mota e Edgard Cavalcanti Intérprete: cantora Linda Batista em 1956, feita para o carnaval daquele ano – Vamos ouvir um trecho.

Dizem, é voz corrente Em Goiás será a nova capital /

Leve tudo pra lá, seu presidente

Mas deixe aqui o nosso carnaval

O carioca chora da lágrima cair

Se o reinado de Momo também se transferir..

E logo em seguida, vem Nelson Gonçalves com a Vou Pra Goiás. Marchinha do carnaval de 1957, de autoria de Wilson Batista, Nássara e Jorge de Castro. Gravação RCA Victor de 21 de setembro de 56, lançada um mês antes da folia, em janeiro, um disco 78 rotações, de número 80-1714-A, matriz BE6VB-1319. 

 


 

Por sua vez, o compositor Jackson do Pandeiro, cantava um rojão  em homenagem à nova Capital com a sua “Construção de Brasília” 

Quem tiver de malas prontas 
Pode ir que se dá bem
Leve todos cacarecos,
Leve seu xodó também.

Esse conselho é pros homens

Por que mulher lá  não tem... 



 

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

A MÚSICA NA POLÍTICA BRASILEIRA (VIII)

 GOVERNO DE JUSCELINO - O Presidente Bossa Nova

O esquema tático do governo JK era ofensivo e arrojado: “Cinquenta anos em cinco”, ou seja, o Brasil deveria crescer em cinco anos o equivalente a cinquenta. O próprio JK era extrovertido, sorridente e muito simpático. Na vida pessoal, era mulherengo, gostava muito de música, principalmente as serestas  e era grande pé de valsa. Juca Chaves, compositor e humorista, fez a música “Presidente bossa-nova” caracterizando o líder da nação e o momento pelo qual passava o país: 

Bossa-nova mesmo é ser presidente 
Desta terra descoberta por Cabral. 
Para tanto, basta ser tão simplesmente 
Simpático, risonho, original. 

A letra toca em um dos principais projetos do presidente: construir uma nova capital, Brasília (Voar da velha Cap / prá Brasília / Ver a Alvorada e voar de volta ao Rio). A iniciativa ousada de edificar a cidade em pleno centro do Brasil “era a meta principal do governo JK”.  Brasília - projetada pelo arquiteto Oscar Niemayer e pelo urbanista Lucio Costa. Um dos objetivos de JK era levar o desenvolvimento à parte central do país, desejo nada novo, como ele mesmo salientava.

A nova capital, inaugurada em 1960, distanciava a classe política das antigas pressões vindas dos setores organizados da sociedade carioca. No Rio, os políticos conviviam lado a lado com o povo. Em cada esquina, bar, restaurante, cinema, rua, a população podia encontrar governantes e legisladores e reivindicar os seus direitos. Agora qualquer manifestação teria de incluir uma ginástica organizacional e financeira para protestar na nova capital.

O governo JK representava ainda os últimos suspiros políticos do suicídio de Vargas.



Ouça na página Memória Musical outras do sempre atual Juca Chaves:

CAIXINHA, OBRIGADO

Assim é o Rio ( E por que não o Brasil?)

ADEUS EM RITMO DE LAVA JATO (PT Saudações)

A MÚSICA NA POLÍTICA BRASILEIRA (VII)

Evocando Dinarte Mariz

Aproveito um trecho do já enxuto texto do renomado jornalista João Batista Machado, que o seu berço natal, o Assú, presenteou para brilhar na história do jornalismo potiguar. Ninguém melhor do que Machadinho, para traçar o perfil dos muitos homens  que se notabilizaram no Rio Grande do Norte. Disse sobre Dinarte no seu “Anotações de um Repórter Político”, à pág. 75.  - “ Dinarte era um homem múltiplo. Com gestos de grandeza e atitudes de coragem. A omissão não fazia parte do seu cotidiano. Não levava desaforos para casa. Dizia o que queria na hora certa. Tinha no corpo e no coração a hospitalidade e a generosidade do seridoense. Estatura mediana, olhos azuis e cabelos brancos, que lhe davam um charme especial. Dinarte sabia fazer a hora, como dizia Geraldo Vandré. Era, antes de tudo, animal político. Acordava, vivia e dormia política. Era o seu prato predileto. JK dizia que Deus o poupou do sentimento do medo. Essa dádiva Deus também concedeu ao senador Dinarte Mariz”. Disse certa vez a Machado – “eu tomo partido em tudo até em briga de galo”. 

Na sequencia outros jingles históricos da política brasileira.

 

Memoráveis músicas de campanhas eleitorais que marcaram as diversas eleições.

Mário Covas foi outro que se lançou para presidente, mas a lentidão do jingle não empolgou as massas, apesar de muito boa mensagem. João Goulart (1960) – candidato a vice-presidente votava-se em separado do candidato a presidente;

Tancredo Neves (1985) – Na eleição indireta veio a mensagem do “Muda Brasil” para a primeira depois da abertura política, embora indireta; Ouçam em PERISCÓPIO:

 

A MÚSICA NA POLÍTICA BRASILEIRA (VI)

Em 1951, Getúlio assumiu a Presidência num contexto social e econômico diferente daquele em que fora o mandatário por quinze anos. O Brasil tinha mais de 50 milhões de habitantes, 40% dos quais moravam em cidades. Com o crescimento e a expansão das indústrias, cerca de 1,5 milhão de operários trabalhava em fábricas, minas, portos e ferrovias. O Estado passava a ter mais embaraço para controlar os diversos interesses de partidos, corporações e movimentos sociais.
A letra da música “Falta um zero no meu ordenado”, de Ary Barroso e Benedito Lacerda, dava o tom das dificuldades que Getúlio herdou do governo Dutra: gravado por Francisco Alves, para o carnaval de 1948, mas aqui também com um toque de samba moderno  na voz de Jards Macalé.

Trabalho como louco,
Mas ganho muito pouco,
Por isso eu vivo sempre atrapalhado,
Fazendo faxina,
Comendo no China.
Tá faltando um zero
No meu ordenado.


O corpo de Getúlio ficou exposto no Palácio do Catete provocando cenas emocionantes de mulheres desmaiadas, homens chorando abraçados ao caixão. Filas gigantescas iam do Catete até Botafogo e o Centro: todos queriam dar o último adeus  a Seu Gegê. Em 1956, Moreira da Silva gravou “A carta”, samba de Silas de Oliveira e Marcelino Ramos, em homenagem a Vargas:

Mais uma vez / As forças e interesses contra o povo
Coordenaram-se novamente/ E se desencadeiam sobre mim. 
Não me acusam,/ Insultam-me de novo.
Vejo de perto aproximar meu fim.


A chamada greve dos 300 mil em São Paulo. Para jogar um balde de água fria nos grevistas, Getúlio Vargas nomeou para o Ministério do Trabalho João Goulart, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

João Goulart, o Jango, era visto pelos udenistas e por parte dos militares como um “vermelho”, um comunista. O novo ministro sugeriu ao presidente dobrar o salário mínimo, o que não era grande coisa, pois o salário não aumentava havia quase dez anos. Como já dizia o compositor Ernani Alvarenga, em “Salário Mínimo”:

Cansei de tanto trabalhar
Na ilusão de melhorar.
Cinco filhos, mulher e sogra pra sustentar. 
Setecentos e cinquenta cruzeiros? 

Não dá


 



quinta-feira, 15 de outubro de 2020

ALUISIO ALVES

 Não foi à toa quando dissemos na postagem anterior que   Aluísio Alves, foi tudo o que pretendeu ser, no Rio Grande do Norte. Começou a mostrar talento  logo cedo. Enveredou, como muitos na imprensa. Entre 1940 a 1945, foi redator político do jornal A República, diretor do Serviço Estadual de Reeducação e Assistência Social, secretário e lgo depois presidente na Legião Brasileira de Assistência – LBA, seccional do RN

Diretor da Biblioteca Norte-Rio-Grandense de História e da Sociedade Brasileira de Folclore. Ganhou projeção, como organizador e especialista dos serviços de assistência social do estado. Membro da Sociedade de Higiene Mental do Nordeste  atuou no Congresso de Psiquiatria e Higiene Social do Nordeste,  em Natal, e foi presidente do Centro de Estudos Sociais do Estado.

Durante os trabalhos da Assembléia, foi membro da comissão para resolver o problema da greve dos operários da Light, com mais dois senadores (um da UDN e Luís Carlos Prestes, do Partido Comunista Brasileiro, então Partido Comunista do Brasil — PCB).

Com a promulgação da nova Carta (18/9/1946) passou a exercer mandato ordinário. Nessa legislatura, formulou o projeto da Lei Orgânica da Previdência Social, que só seria aprovado no segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954). Manifestou-se contrário à emenda de José Augusto Bezerra de Medeiros, seu patrono político e companheiro de bancada, que proibia a imigração de pessoas de raça amarela para o Brasil. Continua na página Periscópio

Saiba mais na página Curiosidades:

 POR QUE A PIMENTA NOS FAZ ESPIRRAR?

POR QUE AS GARRAFAS DE VINHO NÃO SÃO TRANSPARENTES?

POR QUE AS PESSOAS COLOCAM ARROZ DENTRO DO SALEIRO?

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

ALUISIO ALVES O CIGANO FEITICEIRO E O TREM DA ESPERANÇA

Usando o um fraseado antigo, “sem sobrosso”, podemos afirmar que Aluísio Alves foi tudo o que pretendeu ser, no seu Rio Grande do Norte. De deputado federal constituinte em 1946, aliás, o mais jovem do Brasil aos 24 anos da idade, na legenda da União Democrática Nacional (UDN). Tomou posse em fevereiro de 1946. - (Com a queda do Estado Novo em 29 de outubro de 1945 e a realização de eleições no dia 02 de dezembro seguinte, foi convocada a Assembleia Nacional Constituinte.


Aluísio Alves nasceu em Angicos (RN) -  no dia 11 de agosto de 1921, filho de Manuel Alves Filho e de Maria Fernandes Alves. Fez o curso primário em sua cidade entre 1926 e 1930 e, de 1936 a 1940, fez os estudos secundários em Natal. Cheguei a conhecer certo dia um cidadão muito comunicativo e simpático na cidade de Assú, era o seu irmão, Expedido Alves, estava na companhia do ex-deputado Olavo Montenegro. Mais ou menos no final de 1980, almoçando no Balneário “Adega da Ponte” (da família Montenegro), na margem do rio Assu, ao lado do Dr. Milton Marques e o técnico João de Castro, encarregado das instalações dos equipamentos da rádio Princesa do Vale, inaugurada em 1981.

Após o almoço, na saída, Dr. Olavo puxou o Dr. Milton, pelo braço, educadamente, para uma  conversa reservada. Ficamos eu, João de Castro e o Sr. Expedito, puxei conversa a cerca do seu irmão Aluísio, que, poucos meses antes havia readquirido seus direitos políticos com a anistia decretada pelo então presidente João Figueiredo, e aproveitando a ocasião  arrisquei: “ será que seu irmão vai mesmo se lançar candidato para enfrentar um dos “Maias?” como se especula? Mesmo faltando quase dois anos? Ou será que vai ficar na iniciativa privada? E ele me assegurava dizendo em voz baixa:

- “ Meu amigo, se for desejo dele, Aluísio será candidato sim, nesse partido novo que entrou agora, o PP  - mas, ressaltou – se houver  eleição...né? Ninguém sabe o que se espera desses militares. E terminou com uma boa gargalhada...

- Mas o presidente garantiu que quem for contra as eleições ele “prende e arrebenta”.

Em tempo: Não deu outra – em setembro de 1981, Aluísio anunciava sua candidatura na legenda do PP para governar o Rio Grande do Norte. As eleições ocorreriam em novembro do ano seguinte, 1982.

Aluísio filiou-se ao PP (Partido Popular), agremiação presidida por Tancredo Neves, com o fim do bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a organização de novos partidos.

Lamentavelmente, Expedito Alves, seria assassinado tempos depois  em sua terra natal. Esse Rio Grande do Norte tem muita história!



Ouça na página Memória Musical os dois jingles da campanha de Aluísio em 1960.

 

terça-feira, 13 de outubro de 2020

A MÚSICA NA POLÍTICA BRASILEIRA (V)

GETÚLIO  OCUPOU O PRIMEIRO LUGAR

MARCHA DA PETROBRAS  - Gravação RCA Victor de 21 de janeiro de 1959, lançada em abril seguinte no 78 rpm  Luiz Gonzaga  de Nelson Barbalho, Joaquim Augusto e Luiz Gonzaga.


A campanha “O petróleo é nosso” foi a grande bandeira nacionalista de Getúlio. O samba “Falso patriota”, composto por David Raw e Victor Simon, batia nessa tecla:

Você diz que é patriota,
Sua bebida é de marca escocesa. 
Não bebe nossa cachaça
E ergue a taça
Com a champanhe francesa.



E AGORA? - Teixeirinha homenageou seu conterrâneo Getúlio que ele chamava de o Pai dos pobres, e principalmente dos Trabalhadores (CLT Lei 5452 de 1 de maio de 1943),: como diz as ultimas palavras dele - "Saio da vida para entrar na História".

Jackson do Pandeiro também homenageou Getúlio:  com o baião  ”Ele Disse“  montado sobre a carta-testamento de Getúlio o povo de quem fui escravo não será mais escravo de ninguém...” EM periscópio

 Continuamos  com os jingles políticos com a seguinte ordem:

Luís Inácio (Lula); 

Enéas cujo tempo reservado para propaganda só dava para anunciar seu nome de curto que era. Mesmo assim foi o terceiro colocado;

Orestes Quércia  - o quarto colocado;

Leonel Brizola (2000) – Beth Carvalho  defendeu  o brizolismo mandando fazer o “doze” (12) Foi o quinto colocado;

Espiridião Amin – foi o sexto;

Vamos colocar no final o jingle eleito o melhor das campanhas eleitorais da década de 90. segundo consulta feita junto a pesquisadores dessa área do marketing político.  – foi produzido para a campanha ao governo de Pernambuco de Miguel Arraes, em 1998. Quando após voltar do exílio. O povo cantava “Arrastaí, Arrastaí de novo...Arrasta aí meu povo...”  depois vamos postando outros aqui no Blog.



segunda-feira, 12 de outubro de 2020

 JINGLES  POLITICOS
Fernando Henrique Cardoso contou com dois pesos pesados da música: Chico Buarque em (1985) c om  o seu “Vai Passar”; Depois veio o “Levante a mão” com Dominguinhos  em 1994. Em 1994 elegeu-se ao lado de Marco Maciel, com 54,24 % dos votos.  O segundo colocado foi Lula com 27,07 %. Vamos recordar esses jingles na Página Periscópio  começando pelo primeiro deles.

A MÚSICA NA POLÍTICA BRASILEIRA (IV)

O HOMEM DA VASSOURA  - Marcha carnavalesca gravada por João Dias, de Paquito e Romeu Gentil. O Homem da Vassoura é uma referência direta e explícita ao então candidato à Presidência da República, Jânio da Silva Quadros, que usou a vassoura como símbolo de sua campanha política. Jânio venceu a eleição e assumiu o poder, ficando célebre por dar ordens aos seus ministros e auxiliares através de bilhetinhos. Jânio renunciou ao poder por motivos que até hoje não foram devidamente esclarecidos. Disco Columbia 3089. Primeiro disco da Colúmbia a sair só com o número, sem o CB- antes. Lançado provavelmente em 1961.

Na verdade o disco foi lançado pela Columbia em fins de 1959 (visando o carnaval de 1960), com o número 3089-A, matriz CBO-2163, época em que Jânio Quadros ainda era governador de São Paulo (cargo que ocupava desde 1955), e se preparava para concorrer à presidência da República. A faixa entrou também no LP coletivo "Reinado de Momo".

O povo paulista adorava Jânio Quadros!..

Em São Paulo, Jânio foi vereador (1947); deputado estadual (1950); prefeito (1953); governador (1955) e presidente da república (1961); e novamente prefeito em 1985....O símbolo das suas últimas quatro campanhas, foi a "vassoura" -- varrendo pra lá e pra cá....A Outra foi:

Varre, varre, vassourinha! O famoso Jingle de Jânio Quadros.

(locutor  anunciava):  Alerta meu irmão, vamos vencer com jânio! Ou, ser varrido pela própria vassoura.


Varre, varre, varre vassourinha! / 
Varre, varre a bandalheira!

Que o povo já tá cansado / De sofrer dessa maneira...

Isso era nos tempos do Jânio Quadros, o seu jingle que fez muito sucesso e o levou à presidência. Em tempos da Operação Lava Jato, o jingle janista merece uma atualização aos novos tempos: Lava, lava, lava mangueirinha! Lava, lava a bandalheira!. Que o povo já tá cansado De sofrer dessa maneira...

Esse discurso de acabar com a corrupção já elegeu Jânio, Collor e seguidores da mesma linhagem e tem gente que ainda caindo  nesse “papo furado”.


ELEIÇÕES 2020

 Em nossa democracia a política se restringe cada vez mais a um jogo de “faz de conta” nas relações entre os poderes, o Executivo, Legislativo e o Judiciário, deixando de lado a sociedade civil, que só será chamada na próxima eleição, daqui a dois anos, ou seja, na próxima eleição para escolher novos  “representantes”. Continua na página Periscópio.

domingo, 11 de outubro de 2020

PARA REFLETIR NESSES TEMPOS DE PANDEMIA

 No final do século IV disse Santo Agostinho:  “Minha memória contém meus sentimentos, não da mesma forma como a minha mente sente quando as experimenta. De acordo com os poderes especiais da memória. Por isso, mesmo quando estou infeliz, posso me lembrar dos tempos em que fui feliz. E, quando estou feliz, consigo me lembrar das tristezas passadas. Consigo  me lembrar de antigos medos e ainda assim, não temê-los. E posso relembrar  um desejo passado, sem deseja-lo agora”.

Sobre a velhice:

“A VELHICE  É UMA INDIGNIDADE. NÃO ACOMPANHA A NOSSA CABEÇA SEMPRE JOVEM”. Ronnie Von (cantor); Pura verdade, eu sinto  essa constatação todo santo dia. A primeira vez que tive noção da minha condição de idoso, foi há cerca de dez a nos. Estava junto a outros clientes na fila dos caixas de num loja aqui em Patos. Uma das atendentes acenou na nossa direção. Aí, alguém por trás, me tocou no ombro:

- “ ela está lhe chamando, o senhor ...pode ir naquele caixa dela é para atendimento preferencial...”  Foi o bastante. Perda de tempo é o sujeito nos encontrar e dizer – “como vai, tudo bem”?  ou, “como está passando?”  o mais correto seria perguntar:  “onde é que está doendo mais?”.  

Vez por outra, a patroa aqui em casa à noite, na hora do jantar, diz: “Quer eu faça uma papa”? (das duas uma: para me ver contrariado ou para lembrar a minha idade). Lolita Rodrigues, num entrevista, repetiu a frase famosa de Bibi Ferreira, a grande dama do teatro brasileiro: - “A VELHICE  É A CERTEZA INSUPORTÁVEL DE QUE O INFERNO EXISTE”.  (Sylvia Gonçalves Rodrigues Leite, ou Lolita Rodrigues, atriz, apresentadora de TV, cantora, aos 91 anos, que preferiu terminar seus dias, reclusa  em João Pessoa  – PB. Em setembro  lembramos aqui no Blog que ela foi a primeira voz a cantar na televisão brasileira  - O “Hino da Televisão Brasileira”  - na inauguração da TV Tupi). 

E os versos  de “Pedaços” da norte-rio-grandense Gilda Moura, hoje na companhia dos anjos falam bem alto..

“Vivo a minha vida sem disfarce

Que o contrário jamais me aconteça

As rugas já me marcam a face

Os cabelos brancos assaltam-me a cabeça.

 

Da juventude eu não sinto saudade

Digo isto e juro que não minto

Mantenho-me jovem não importa a idade

A idade que eu tenho é aquela que sinto

 

O tempo é o mesmo da minha mocidade

Perdoem-me, eu não digo com desdém

Quem como eu viveu com intensidade

Inibe a idade e a velhice nunca vem.

 

A experiência é fato consumado

Que fica nos arquivos da memória

E edifico nos dias já passados

O meu Império, o meu museu de glórias.

 

Glórias da vida humilde que levei

Das lutas com amor por toda causa

E me examino e nunca me cansei

Nem vacilei e nem também tive pausa.

 

Fiz das decepções meus trampolins

De cada dor mais uma experiência

Fantasiei os sofrimentos de arlequins

Pra poder envelhecer com mais prudência”.