quarta-feira, 21 de outubro de 2020

A LUTA DE DAVI CONTRA GOLIAS

A pressão, do apito da sirena da fábrica da Pedra anunciava a chegada de um novo tempo para o nordeste.  Som que se ouvia de longe nos confins do sertão alagoano, como um arauto de um novo tempo, um tempo de paz, de trabalho e de incentivo à vida, diante das várias formas de hostilidades dos elementos naturais.

Trabalhando dia e noite, exceto aos domingos, a fábrica da Pedra causava espanto e admiração. Era ponto de referência. Atraía a visita de governadores, embaixadores, jornalistas, engenheiros do país e do exterior que se encantavam com a organização, limpeza, e, acima de tudo, pelo conforto e valorização dos operários.

A Fábrica Estrela de Delmiro já produzia mais de 20 mil carretéis de linhas por dia e teve  boa aceitação pela qualidade e resistência dos fios. A marca Estrela rapidamente ganhou mercados na Argentina, Chile, Peru e outros países andinos. Concorria em pé de igualdade com a Machine Cotton Ltda. (Linhas Corrente – a marca de proa do trust inglês/escocês). Em três anos já produzia 150 mil carreteis por dia.

            Alagoas foi destaque na industria têxtil Foto cedida pelo Museu Delmiro Gouveia

Os ingleses detinham o monopólio do setor, mas, aí veio a I Guerra Mundial, o produto dos ingleses ficou escasso e inconformados registraram como deles a marca Estrela no Chile e Argentina. Também tentaram comprar o parque industrial de Delmiro. A resistência contra o “trust” inglês foi  uma luta de Davi contra o gigante Golias. LEIA MAIS EM PERISCÓPIO

 


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