A pressão, do apito da sirena da fábrica da Pedra anunciava a chegada de um novo tempo para o nordeste. Som que se ouvia de longe nos confins do sertão alagoano, como um arauto de um novo tempo, um tempo de paz, de trabalho e de incentivo à vida, diante das várias formas de hostilidades dos elementos naturais.
Trabalhando dia e noite,
exceto aos domingos, a fábrica da Pedra causava espanto e admiração. Era ponto
de referência. Atraía a visita de governadores, embaixadores, jornalistas,
engenheiros do país e do exterior que se encantavam com a organização, limpeza,
e, acima de tudo, pelo conforto e valorização dos operários.
A Fábrica Estrela de
Delmiro já produzia mais de 20 mil carretéis de linhas por dia e teve boa aceitação pela qualidade e resistência dos
fios. A marca Estrela rapidamente ganhou mercados na Argentina, Chile, Peru e outros países andinos. Concorria
em pé de igualdade com a Machine Cotton Ltda. (Linhas Corrente – a marca de
proa do trust inglês/escocês). Em três anos já produzia 150 mil carreteis por
dia.
Os
ingleses detinham o monopólio do setor, mas, aí veio a I Guerra Mundial, o
produto dos ingleses ficou escasso e inconformados registraram como deles a
marca Estrela no Chile e Argentina. Também tentaram comprar o parque industrial
de Delmiro. A resistência contra o “trust” inglês foi uma luta de Davi contra o gigante Golias. LEIA MAIS EM PERISCÓPIO
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