segunda-feira, 19 de outubro de 2020

A TRÁGICA NOITE EM QUE O passado matOU o futuro

Às 9 da noite, três tiros de rifle ecoavam no silêncio da noite no sertão alagoano. O suficiente para o passado matar o futuro!  10 de outubro de 1917, já passados 103 anos, era assassinado o industrial Delmiro Augusto da Cruz Gouveia. Cearense de Ipu, filho ilegítimo de um rico fazendeiro e negociante de gado, Delmiro Porfírio de Farias, morto na Guerra do Paraguai. Ao lado da mãe e dos irmãos menores, migrou para Pernambuco, primeiro para a cidade de Goiana, depois para Recife. Foi bilheteiro do bonde de Olinda e do trem urbano. Depois trabalhou como despachante de barcaças, interessou-se pelo ramos de peles de cabras e ovelhas e vai para o interior do Estado, intermediando compra e venda para os importadores estrangeiros sediados em Recife. Casou-se com a jovem Anunciada Cândida de Melo Falcão, em 1883, na cidade de Pesqueira. (Conheci o lindo e adornado portão e o casarão da Vila Anunciada,- ainda existem?).

Deu exclusividade para os americanos da Keen Sutterly & Co. da Filadélfia, logo passou a gerente da firma. Quando a matriz faliu nos EUA, ele negocio e assumiu a filial de Recife surgindo daí a Casa Delmiro Gouveia & Cia. (1896). Ligou-se depois a L.H. Rossbach & Brothers de Nova Yorque. Foi para os EUA, e pediu o suporte financeiro aos empresários. Acreditaram nele e  com apoio dessa empresa, em pouco tempo triplicou seus negócios espalhando postos em compra em todo o nordeste. Ficou conhecido como “O Rei das Peles”.


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