GOVERNO DE JUSCELINO - O Presidente Bossa Nova
O esquema tático do
governo JK era ofensivo e arrojado: “Cinquenta anos em cinco”, ou seja, o Brasil deveria crescer em
cinco anos o equivalente a cinquenta. O próprio JK era extrovertido, sorridente
e muito simpático. Na vida pessoal, era mulherengo, gostava muito de música,
principalmente as serestas e era grande
pé de valsa. Juca Chaves, compositor e humorista, fez a
música “Presidente bossa-nova” caracterizando
o líder da nação e o momento pelo qual passava o país:
Bossa-nova mesmo é
ser presidente
Desta terra descoberta por Cabral.
Para tanto, basta ser tão simplesmente
Simpático, risonho, original.
A letra toca em um
dos principais projetos do presidente: construir uma nova capital, Brasília (“Voar
da velha Cap / prá Brasília / Ver a Alvorada e voar de volta ao Rio”).
A iniciativa ousada de edificar a cidade em pleno centro do Brasil “era a meta
principal do governo JK”. Brasília - projetada
pelo arquiteto Oscar Niemayer e pelo urbanista Lucio Costa. Um dos objetivos de
JK era levar o desenvolvimento à parte central do país, desejo nada novo, como
ele mesmo salientava.
A nova capital,
inaugurada em 1960, distanciava a classe política das antigas pressões vindas
dos setores organizados da sociedade carioca. No Rio, os políticos conviviam
lado a lado com o povo. Em cada esquina, bar, restaurante, cinema, rua, a
população podia encontrar governantes e legisladores e reivindicar os seus
direitos. Agora qualquer manifestação teria de incluir uma ginástica
organizacional e financeira para protestar na nova capital.
O
governo JK representava ainda os últimos suspiros políticos do suicídio de
Vargas.
Ouça na página Memória Musical outras do sempre atual Juca Chaves:
CAIXINHA, OBRIGADO
Assim é o Rio ( E por que não o Brasil?)
ADEUS EM RITMO DE LAVA JATO (PT Saudações)
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