sexta-feira, 16 de outubro de 2020

A MÚSICA NA POLÍTICA BRASILEIRA (VIII)

 GOVERNO DE JUSCELINO - O Presidente Bossa Nova

O esquema tático do governo JK era ofensivo e arrojado: “Cinquenta anos em cinco”, ou seja, o Brasil deveria crescer em cinco anos o equivalente a cinquenta. O próprio JK era extrovertido, sorridente e muito simpático. Na vida pessoal, era mulherengo, gostava muito de música, principalmente as serestas  e era grande pé de valsa. Juca Chaves, compositor e humorista, fez a música “Presidente bossa-nova” caracterizando o líder da nação e o momento pelo qual passava o país: 

Bossa-nova mesmo é ser presidente 
Desta terra descoberta por Cabral. 
Para tanto, basta ser tão simplesmente 
Simpático, risonho, original. 

A letra toca em um dos principais projetos do presidente: construir uma nova capital, Brasília (Voar da velha Cap / prá Brasília / Ver a Alvorada e voar de volta ao Rio). A iniciativa ousada de edificar a cidade em pleno centro do Brasil “era a meta principal do governo JK”.  Brasília - projetada pelo arquiteto Oscar Niemayer e pelo urbanista Lucio Costa. Um dos objetivos de JK era levar o desenvolvimento à parte central do país, desejo nada novo, como ele mesmo salientava.

A nova capital, inaugurada em 1960, distanciava a classe política das antigas pressões vindas dos setores organizados da sociedade carioca. No Rio, os políticos conviviam lado a lado com o povo. Em cada esquina, bar, restaurante, cinema, rua, a população podia encontrar governantes e legisladores e reivindicar os seus direitos. Agora qualquer manifestação teria de incluir uma ginástica organizacional e financeira para protestar na nova capital.

O governo JK representava ainda os últimos suspiros políticos do suicídio de Vargas.



Ouça na página Memória Musical outras do sempre atual Juca Chaves:

CAIXINHA, OBRIGADO

Assim é o Rio ( E por que não o Brasil?)

ADEUS EM RITMO DE LAVA JATO (PT Saudações)

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