quinta-feira, 30 de julho de 2020

NO PAÍS DE MOSSORÓ

     


Relembro a figura imorredoura do saudoso Lauro da Escóssia. Eu havia chegado na cidade há pouco tempo e não conhecia ninguém para dar um bom dia. Num final de tarde, na calçada do Cinema Cid, comecei a conversar com um cidadão de pernas arqueadas, andar trôpego talvez pela idade já um pouco avançada, de fala mansa, cabelos grisalhos, extremamente simpático e acolhedor (qualidades inerentes e marcantes dos mossoroenses – simpatia e acolhimento – como pude confirmar no decorrer dos anos que vivi nessa cidade). Eu estava admirando com a imponente estátua de Dix Sept Rosado, na praça central da cidade – “perpetuado em bronze”! (como dizia o irmão, Dix Huit Rosado). 

     

Falou sobre a vida do grande homem público, morto em acidente de avião (sobre suas origens e dos seus feitos. Nascia naquela tarde uma das primeiras, imorredouras e frutíferas amizades que desfrutei durante os dez anos vividos no “país de Mossoró”.

     De Lauro da Escóssia recebi valiosas lições. Como eu sempre o provocava para uma boa conversa, (desde que o momento e a ocasião fosse favorável) observava o meu interesse pelas coisas antigas da cidade, passava a narrar fatos e episódios ligados à rica história de sua terra. Dono de uma memória prodigiosa, “seu” Lauro, citava datas, nomes e interligava acontecimentos subsequentes sem perder o “fio da meada”.

     Às vezes, se interrompia quando se lembrava de algum pormenor que passara despercebido.

     — Ah, corrigindo, foi assim...

    E eu ouvia extasiado as narrativas do velho Lauro. Hoje, nessa hibernação forçada pelo Corona Vírus, relembro com saudades a pessoa de Lauro da Escóssia e redijo estas linhas como uma espécie de homenagem póstuma.

Lauro está num lugar especial no céu - por ter sido aqui - um bom pai, bom avô, bom amigo e, por ter semeado as boas sementes. Sua cidade prestou-lhe justa homenagem. O Museu Municipal leva seu nome e desde os anos 80 é nome de uma rua num dos bairros da cidade.

 

Cronologias Mossoroenses

     Foi através dessa convivência com "Seu" Lauro que passei uma curta temporada colaborando com o jornal O Mossoroense, na ocasião dirigido pelo experiente Dorian Jorge Freire, (depois transformado em portal de notícias como muitos outros pelo Brasil afora). Sua última edição impressa ocorreu no dia 31 de dezembro de 2015.

    Fundado por Jeremias da Rocha Nogueira, em outubro de 1872, foi o terceiro ou o quarto jornal mais antigo do País. Com a morte de Jeremias, seu filho João da Escóssia, (xilógrafo), assumiu a direção do jornal. Quando João faleceu, seus filhos Augusto e Lauro da Escóssia ficaram à frente do jornal por um bom tempo.

    Durante o período em que colaborei no “O Mossoroense” recebi de Dorian um valioso presente, o livro “Cronologias Mossoroenses", uma síntese da própria história da terra de Santa Luzia. Infelizmente, extraviado nas minhas frequentes mudanças de residência.


 

O padrinho comunista

O padre Mota era de soluções lógicas e rápidas. O professor Manuel Leonardo Nogueira, registrou para Lauro da Escóssia, o seguinte episódio: que há muito anos teria levado uma filha para ser batizada na Igreja do Sagrado Coração de Jesus de cuja paróquia, pertencia o bairro Alto de São Manuel, onde nascera a criança.

Nesse tempo, em Mossoró, era vigário da paróquia o holandês padre Cornélio que se negou a levar a criança à pia batismal pois, segundo ele, os padrinhos Café Filho (ele mesmo o que viria a ser o vice de Getúlio Vargas, e depois presidente tampão) e a esposa d. Jandira – eram comunistas e, como tal, condenados pela Igreja Católica, ao fogo eterno.

Leonardo ficou desesperado, pois não conseguia demover o padre de sua decisão de considerar Café Filho como adepto do credo vermelho. Nem mesmo sua condição e de toda sua família ser constituída de católicos fervorosos, serviu para fazer o padre mudar de ideia.

Como último recurso, Leonardo consultou o padre Mota. Depois de ouvir a história, o padre resolveu:

— Tem nada, não, Manuel. Traga a menina aqui na Catedral que eu batizo.

Graças a Café Filho, registre-se o fato como tendo sido o primeiro batizado na Catedral de uma criança nascida do outro lado do rio, depois de criada a paróquia do Coração de Jesus.

 

Acesse a aba Folclore Político e Social e leia mais coisas do Mossoró de antigamente.


 O ASSUNTO É:  BEBÊS

As doenças podem atingir apenas um dos bebês de uma gravidez de gêmeos?

Segundo a bióloga Mariana Lopes dos Santos, é absolutamente aceitável que apenas um entre dois gêmeos desenvolva  algum mal. “Mesmo que os gêmeos sejam univitelinos, o fato de eles terem uma mesma constituição genética não significa que eles terão a mesma formação”,-  explica a bióloga.

É verdade que as impressões digitais se formam quando o bebê toca o útero da mãe?

De acordo com Wilson Carrara, médico especializado em ginecologia e medicina fetal, as impressões digitais são formadas no feto ainda na barriga da mãe, mas nada têm a ver com a maneira como toca o útero. “As digitais podem ser comparadas aos traços do rosto ou a qualquer outra herança física e são determinadas exclusivamente pela formação genética do bebê”, explica o especialista. Segundo Carrara, independentemente das atividades que as pessoas realizam durante a vida, por mais que as mãos fiquem calejadas, as impressões jamais se alteram.

 

Em que situações o bebê chora?

O choro do bebê é uma forma de expressão. A opinião é do médico pediatra Jarbas José Salto Júnior. O bebê se manifesta em qualquer situação de incômodo. "Basta ele não estar satisfeito com algo, que começa a chorar”, explica o médico. Fome, sede, frio, calor e sono fazem o bebê chorar. Os incômodos causados pela urina e fezes em contato com o corpo ou qualquer tipo de dor também provocam o choro do bebê.

 

Por quanto tempo a mãe precisa acordar durante a noite para alimentar o bebê?

A ideia mais aceita hoje no meio médico é a de que o apetite do bebê deve ser saciado sempre que ele tiver vontade. Nos quatro primeiros meses de vida, sugere-se que a criança seja alimentada apenas com o leite materno. Como ele é de fácil digestão, o intervalo entre "pedidos" costuma ser de apenas três horas. Neste período, a mãe precisa acordar com grande frequência. Os médicos recomendam a amamentação, pelo menos, até os seis meses. Nesta fase, outros alimentos já podem entrar na dieta da criança, reduzindo, ou até eliminando, a necessidade da amamentação noturna.

 

Por que o bebê chora sem lágrimas? Quando elas começam a aparecer?

As lágrimas, responsáveis pela lavagem e lubrificação dos olhos, só começam a ser produzidas a partir dos dois meses de idade. Antes disso, o bebê realmente chora "a seco". Nesses primeiros 60 dias de vida, o que protege os olhinhos do bebê é o fato de ele passar a maior parte do tempo dormindo.

 

Por que os bebês regurgitam?

Nos primeiros meses de vida, o aparelho digestivo da criança ainda não está totalmente formado. Embora o estômago funcione perfeitamente, o esfíncter gastroesofágico – uma válvula situada entre o esôfago e o estômago, que normalmente se fecharia após a passagem do alimento – não funciona como num adulto. Por isso, é normal a criança regurgitar, deixando o alimento voltar ao esôfago e ser expelido em seguida. Em geral, o aparente incômodo desaparece  entre os seis e os 18 meses de vida.

 

Quantas fraldas o bebê gasta por dia e por quanto tempo ele deve usar fraldas?

Segundo o pediatra Jarbas José Salto Junior, os bebês sujam de quatro a seis fraldas por dia e as mães costumam deixá-los com fraldas, tanto durante o dia quanto à noite, até os dois anos. A partir de então, as fraldas diurnas tornam-se dispensáveis e as noturnas continuam sendo utilizadas até por mais um ano. O médico ressalta que o melhor período para "treinar" a retirada da fralda é o verão, evitando o risco de, no inverno, a criança ficar com o corpo molhado e resfriar-se em contato com a urina.

 

 



 

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