O CLONE TAMBÉM TEM A MESMA PERSONALIDADE DO ORIGINAL?
Não. O clone humano teria as mesmas características físicas, como a cor dos olhos, o formato das unhas ou até mesmo uma alergia ao leite. “Mas matriz e cópia seriam duas pessoas diferentes, com gostos e personalidades distintas, moldadas a partir de situações que vivemos todos os dias”, diz a geneticista Mayana Zatz, do Instituto de Biologia da USP.
Mais perguntas e respostas na página Curiosidades.
Orlando Silva - o Cantor das Multidões
Orlando Silva -
nasceu Orlando Garcia da Silva, no dia 03 de outubro de 1915 e faleceu no dia 07 de agosto de 1978. Gravou em 1937 a valsa "Rosa" inesquecível.
Vamos ouvir? Na página Memória Musical:
UM JÚLIO VERNE CEARENSE
Casimiro Montenegro Filho nasceu em Fortaleza, Estado do Ceará, em 1904 e, para tornar-se piloto do Exército brasileiro. Aos 19 anos de idade mudou-se para o Rio de Janeiro, contrariando o desejo paterno. Era o décimo filho, dos 15 do velho Casimiro Ribeiro Brasil Montenegro, coronel da Guarda Nacional que foi o último intendente e o primeiro prefeito de Fortaleza, com mandato de 1914 a 1918. Um importante maçom, venerável da Grande Loja Maçônica do Ceará.
Em 1930, Casimiro Filho já Tenente do Exército e instrutor de voo, participa da revolução que
derruba a velha oligarquia do café com leite. Ao
fazer o voo inaugural do Correio Aéreo Militar (CAM), entre as cidades do Rio
de Janeiro e São Paulo, em 12 de junho de 1931, acabou por criar o Correio
Aéreo Nacional, abrindo novas rotas para o sul e norte do país. Naquela época,
os pilotos eram expostos às mais diversas e rigorosas condições de clima e
temperatura, sendo obrigados a realizar aterrissagens forçadas em campos
improvisados e a pilotar sem instrumentação.
Casimiro cruzou várias vezes o
país desbravando novas rotas para o Correio Aéreo Nacional, ligando o Rio de
Janeiro aos mais distantes rincões do Brasil. Sua grande obra, porém, seria
concluída anos mais tarde: a criação do ITA – Instituto Tecnológico de
Aeronáutica.
Em 1941, resultante da união da
aviação do Exército e da Marinha, foi formado o Ministério da Aeronáutica,
cabendo a Casimiro a Subdiretoria Técnica da Aeronáutica. Assim, em 1943,
viajou aos Estados Unidos com a incumbência de trazer um lote de aviões
norte-americanos, nos EUA visitou e conheceu o funcionamento do MIT – Massachusetts
Institute of Technology. Casimiro retornou maravilhado com a ideia de criar
um Instituto semelhante no Brasil, com o objetivo de formar engenheiros de
excelência e desenvolver tecnologia aeronáutica.
No Brasil da década de 1940, um
país essencialmente agrícola e com uma indústria mínima, incapaz de fabricar
até bicicletas, o sonho de projetar e fabricar aviões parecia excêntrico aos
olhos de muitos de seus companheiros. No entanto, com a ajuda do professor e
chefe do Departamento de Engenharia Aeronáutica do MIT, Richard Harbert Smith,
Casimiro desenvolveu as diretrizes desta nova instituição.
Assim, nos anos finais da
década de 1940, Casimiro envolveu-se diretamente na construção de seu sonho, na
cidade de São José dos Campos, Estado de São Paulo.
Em 1945, Casimiro fez uma
apresentação a um grupo de oficiais do Estado Maior da Aeronáutica, no local
que seria o futuro campus do ITA. Sobre o chão e seguro por pedras, expôs uma
carta aerofotogramétrica e, ora apontando para o papel, ora para o vasto
descampado, disse o visionário:
“Aqui construiremos o túnel aerodinâmico,
mais à direita o laboratório de motores, ali a área residencial: casas e
apartamentos para os professores, oficiais e pessoal da administração,
alojamento para os alunos. Ali à esquerda, os edifícios escolares e
laboratórios. Aqui será o futuro aeroporto. Esta área está reservada para a
indústria aeronáutica. Tudo isto constituirá o Centro Técnico da Aeronáutica.”
Ao se despedir da reunião,
depois de lançar os olhos na planície totalmente vazia, gracejou o chefe do
grupo, em total descrédito a Casimiro:
“Até a vista, Júlio Verne”!
Na próxima postagem
continuaremos a narrativa.
O JÚLIO
VERNE CEARENSE ( I I )
O futuro provou que a visão de
Casimiro estava correta e seu sonho era possível. No início da década seguinte,
o ITA tornou-se uma realidade. Surgiu, assim, uma escola de engenharia de alto
nível no país, com instalações adequadas, professores experimentados,
inicialmente trazidos do exterior e residindo no próprio campus, juntamente com
os alunos. Ao redor do ITA formou-se o DCTA (Departamento de Ciência e
Tecnologia Aeroespacial), um complexo de pesquisa e desenvolvimento na área
aeroespacial.
Na sequência, em 1969, quando o
avião para linhas regionais, o Bandeirante havia tomado forma, foi criada no
mesmo campus a empresa EMBRAER, atualmente a terceira maior fabricante mundial
de aviões.
Foi agraciado
com o prêmio Anísio Teixeira em 1981, quando esse prêmio foi criado pela
primeira vez pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para agraciar
personalidades que contribuíram com a educação no país.
O marechal Casimiro Montenegro
Filho morreu aos 95 anos da idade, em Petrópolis, no dia 28 de fevereiro de
2000. Foi enterrado com honras militares, quando seu caixão foi conduzido por
seis alunos do ITA. O Corpo repousa na Cripta dos Aviadores do Cemitério de São
João Batista no Rio de Janeiro.
Dois
livros importantes foram publicados sobre sua vida:
O escritor e jornalista Fernando de Morais
publicou uma biografia em 2006 - “Montenegro:
As aventuras do Marechal que fez uma revolução nos céus do Brasil” .
O ex-ministro Ozires Silva e
Décio Fischeti = “A trajetória de um visionário: Vida e obra do criador do ITA”
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