segunda-feira, 3 de agosto de 2020

 

“Tranca Rua”  limpando o salão

Antônio “Tranca rua” é outra figura mitológica da história de Patos, na Paraíba. Dizem que não há quem conte ou consiga enumerar os “causos” de Antônio. Um deles teria se passado mais ou menos assim. Antônio conversava distraidamente com um amigo, sentados num banco de praça na área central de Patos. Com o dedo indicador enfiado no nariz, fazia uma “limpeza”.

Passa uma adolescente e em tom de brincadeira diz:

— Eita, Antônio! Hoje vai ter festa... Tá limpando o salão de dança né?

E ele: É, mas rapariga não dança não..

— O que? Eu já vou procurar meu pai e contar pra ele.

— Não adianta, corno também não dança não...


O menino “passarinho”

Um menino falece de séria doença que o deixara extremamente magrinho, esquálido. No velório, uma velhinha se aproxima do caixão e fala a “Tranca rua”

— Meus Deus pobre criança, ficou tão magrinho. Uma coisinha de nada... parece um passarinho… Antônio, que doença foi essa que matou o menino? Sabe dizer?

E “Tranca Rua”, na hora:

— Bem, passarinho só morre de duas coisas: de baleadeira (estilingue) ou “empapado”! (explicando: "empapado" é quando a ave enche o papo de comida, não digere e morre sufocada.) 

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