domingo, 14 de março de 2021

SEU BENÉ O FLAUTISTA

 Considerado um gênio da flauta e dos negócios da música, Benedito Lacerda foi um dos primeiros a acreditar que era possível viver só dessa arte, numa época em que o amadorismo era predominante. Nasceu em Macaé, interior do Rio de Janeiro, no dia 14 de março de 1903, há 118 anos. Faleceu vítima de câncer de pulmão, pouco menos de um mês de completar 55 anos, no dia 16 de fevereiro de 1958, no domingo de Carnaval, na cidade do Rio de Janeiro. .

Formado em flauta e composição pelo Instituto Nacional de Música, Benedito Lacerda desde cedo mostrou seu valor como intérprete, compositor e líder de classe. Participou de 800 gravações como músico acompanhante, 400, como compositor e 100, como intérprete. Além disso, fez incontáveis programas de rádio e apresentações em teatro, cinema e circo. Se isso não fosse o bastante, lutou pela profissão de músico e pelo direito do autor, ajudando a criar a União Brasileira de Compositores (UBC) e Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (SBACEM). Procuramos mostrar assim, uma parte mas significativa do trabalho de Benedito Lacerda.

Benedito Lacerda e seu conjunto acompanharam estrelas do rádio, como Carmen Miranda, Dircinha Batista e Isaura Garcia. No acervo do blog recuperamos registros do programa de rádio Pessoal da Velha Guarda, de Almirante, tendo Benedito Lacerda e Pixinguinha como atração. E ainda, gravações raras, de 1930, quando, ao liderar o conjunto Gente do Morro, Benedito Lacerda aparecia na flauta e também cantando obras como “Primeira Linha”, de Heitor dos Prazeres, e “Isaura”, de sua autoria.

Vamos homenageá-lo com o samba histórico “Brasil” gravação de Francisco Alves no dueto com Dalva de Oliveira. Composição de Benedito Lacerda com seu parceiro Aldo Cabral. Disco da Colúmbia, nº 55159-A gravado em 18 de agosto de 1939 e lançado em setembro daquele ano.



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