domingo, 14 de março de 2021

VENEZUELA À BEIRA DA PARALISIA

 A Venezuela está, mais uma vez, à beira da paralisia. A escassez de diesel tem obrigado a restringir sua comercialização, com impacto direto na indústria e no transporte público, usuários desse tipo de combustível no país vizinho. A escassez causou filas de vários dias nas bombas, gerou protestos de motoristas e complicou o reabastecimento. Este novo período de vacas magras traz de volta memórias ruins. A Venezuela, um país petrolífero, passou por um período de grave escassez de gasolina no ano passado. Em total confinamento por pelo Covid-19, o país foi forçado a um racionamento severo, que foi parcialmente compensado pela importação de barris do Irã, do qual ainda depende. 

A Venezuela tinha 13.000 empresas há 20 anos e, mesmo antes da pandemia, restavam menos de 2.600. Isso explica, em parte, a redução em apenas sete anos do PIB do país para um terço e a pobreza generalizada dos venezuelanos. Mesmo assim, o combustível não é suficiente para o pequeno parque industrial venezuelano. É absolutamente inadmissível que um país petrolífero, como era, uma potência na produção de combustíveis, esteja nesta situação”, afirma Celis. "Nunca foi assim antes, o diesel era algo supérfluo neste país." 

A escassez de combustível também aumentou o alarme de grupos de direitos humanos e ONGs na Venezuela, temerosos de que o transporte de alimentos e medicamentos desmorone e se aprofunde a grave crise humanitária a que se soma a pandemia. Algumas dessas organizações pressionam o governo Joe Biden em Washington a desistir das sanções e permitir a chegada de combustível à Venezuela. (continua na coluna PERISCÓPIO)

 

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