Agora volta à tona a bronca da Coronavac, com seus contornos políticos. O presidente do Instituto Butantan reclama que não foi informado oficialmente, e sim, pela imprensa, da suspensão dos testes com a vacina chinês contra o Covid-19, depois do que classificou de “evento adverso grave”. Não foi a primeira vacina a ter seus testes suspensos (ensaios clínicos) por conta desses tais “eventos adversos graves”. Primeiro ocorreu com a vacina de Oxford. Depois com a vacina da Johnson & Johnson. Só que nos casos anteriores, foram os próprios laboratórios. Agências reguladoras do mundo inteiro são orientadas a ter esse mesmo procedimento até que tudo seja devidamente apurado. É o que eles chamam de padrão de segurança. Mas, no Brasil, claro, a coisa toma feições politiqueiras, em outras palavras a briga Dória x Bolsonaro. Estão ideologizando uma coisa que não é ideológica e sim, uma questão sanitária, de saúde pública. Existem ações tramitando na justiça, impetradas por partidos políticos para que as pessoas sejam obrigadas a receber a tomar a vacina. Uma pergunta: como obrigar a pessoa a receber um remédio que nem existe ainda?
Pfizer
No
mesmo dia, a Pfizer americana consorciada com laboratório alemão BioNTech, anunciou
ao mundo o avanço alcançado com os seus testes apontando 90 por cento de
resultado positivo. Foram 43 mil pessoas, a metade recebeu um placebo,
inócuo, e a outra metade a vacina, teve 94 casos de Covid desses apenas 8 deles
havia tomado a vacina, sem dúvida um grande resultado. Acima dos 75%
considerado pela OMS.
Mas,
(sempre tem um “mas”), esse tipo de vacina é uma experiência pioneira, pois
nunca se tomou vacina usando uma parte
de material genético. Já tomamos vacinas de vírus enfraquecidos. No caso do
Covid-19 parte do material é utilizado na
pessoa para estimular o corpo a produzir
defesa contra o Sars- Cov-2.
É a
única vacina que teve um caráter de primazia, e vale ressaltar, ainda que é a
primeira vacina autorizada ou prestes a ser autorizada no mundo com o RNA
modificado, também, por isso ela tem condições especialíssimas de transporte e
armazenamento, o resfriamento (mais de 80%), para não perder suas
potencialidades. Já pensou a logística para utiliza-la em países com extensão territorial
como o Brasil? A Pzifer já recebeu encomenda para 120
milhões de doses para o Japão; 100 milhões de doses para os Estados Unidos; 30
milhões de doses para a Inglaterra; 200 milhões de doses para a Europa. E o
tempo que vai levar para atender as encomendas?.
Mortes no Brasil que ninguém comenta nem
compara:
De
março até a data de ontem – segundo dados cartoriais de óbitos – Covid-19/causa-mortis 154 mil casos (extraoficialmente 162 mil); doenças cardiovasculares 122 mil; Outras enfermidades, inclusive,
respiratórias 188 mil mortes.
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