Já publicamos vários episódios vividos e contados, do grande nordestino paraibano, José Américo de Almeida. Em vida, chegou a afirmar que muita coisa dita e escrita sobre ele era verdade, e outras, eram lendas. É vasto e distante o horizonte, o limite, do que é verdade e o que não é.
Disse
há alguns anos:
- “a
melhor nota da minha professora foi essa: Nunca mentiu.
Saudando-a
ultimamente, nunca festa que lhe fizeram, eu lhe disse: - Minha querida
professora, continue a ter confiança em mim, porque só mentirei um dia quando
for necessário. Como fazem os santos”.
Então,
na dúvida, vamos nos deter naquelas que ele não contestou, conforme o
jornalista Sebastião Nery contou que o fato ocorreu mais ou menos assim:
“ –
Eram as bodas de ouro de Severino Teixeira, chefe político de Areia, berço de
José Américo que estava lá, na festa. E muitos outros políticos do Estado
também, João Agripino também. Começaram a beber vinho. Muito frio, o vinho
chegando. E foram bebendo, bebendo. (“O
João Agripino estava querendo me desbancar, eu aguentei firme, para vencê-lo no
copo”, contou depois José Américo).
Daí a
pouco João Agripino fica eufórico, levanta-se, faz um discurso saudando
Severino Teixeira. Empolga-se, abraça-o, dá-lhe dois beijos no rosto.
Lourdinha,
a secretária de José Américo, fica preocupada com tanto vinho:
-
Doutor José Américo o senhor está se sentindo bem?
- Muito
bem. Melhor do que João Agripino que já está beijando homem e eu ainda não
beijei nem mulher’.
Era a
posse dele na Academia Brasileira de Letras, Austragésilo de Athaíde ( “o caboclo” de Chateaubriand), abraça-o.
-
Ministro, o senhor está moço, jovem, com saúde. Qual o segredo?
- Viver longe do governo e não aguardar gratidão
“Sumitério e
Suminário”
Quando
era governador foi inaugurar obras em Antenor Navarro. A cidade estava em
festa, vestida de bandeirolas, banda de música, o povo espiando.
O
prefeito chama José Américo:
-Governador,
está na hora de inaugurar o sumitério.
Não é
sumitério, Alexandre. Diga Cemitério!
-Isso é para o senhor que estudou em suminário.
Filosofia
de José Américo:
-“ Paraibano não bate palma no meio do
governo. Paraibano só bate palma no começo e no fim. No começo de esperança. No
fim de pena”.
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