“Qualquer semelhança com pessoas reais é pura coincidência”, era mais ou menos assim a frase que aparecia nas telas antes do início dos filmes. É uma idosa que está em isolamento, mesmo antes da Covid-19. Já se sentia abandonada e só, com o passar dos anos. As visitas dos filhos, dos netos, parentes, cada vez mais raras. Poucas eram as visitas, e, resolveu por conta própria ir para um abrigo de idosos. Pelo menos lá teria companhia. Uma grande ajuda para a família, um alívio, pelo menos o local ideal para quem resta apenas aguardar a hora de morrer. Sentiu é a mesma solidão com feições diferentes.
Aproximação
com os outros asilados é controlada, distante e limitada. Lembra quando, mesmo com
dificuldades de se locomover, podia ir sozinha, ao mercado, a farmácia comprar
seus remédios.
O convívio agora é com outros na mesma situação,
que ela pouco conhece. como dos demais o seu mundo é o seu quarto. Será que é
só a Covid-19 que mata? Ou a solidão também não mata? Quantos estudos existem
para sobre a importância da vida em comunidade, a amizade, o relacionamento
entre as pessoas e os seus efeitos psicológicos e físicos para o ser humano? Milhares
deles.
Visitas? Nem pensar! Agora a ausência é “justificada”: minimizar a
propagação do vírus. Até aí tudo bem! Excelente propósito. Ela sabe que pode
morrer, como vai morrer. Verdade única e absoluta, desde que não morra de corona
vírus, tudo é justificável. Sua realidade não é diferente dos que estão nos hospitais
os doentes com Covid-19, os pacientes internados por outras enfermidades, que tal
vez morram sozinhos também, sem a companhia de um familiar? Sem o conforto e
assistência espiritual de um religioso nos seus últimos suspiros? Aquelas mulheres
prestes a parir sem ter o marido e ninguém da família por perto?
MADRE TERESA
Há várias histórias sobre Santa Teresa de
Calcutá (Madre Teresa) a cuidar dos enfermos. Mesmo que estivessem à hora da
morte, ela lavava-os, cuidava deles e fazia-lhes companhia. Um deles, no momento de morrer terá dito: “Vivi como um animal, mas morro
como um ser humano.”
Agnes Gonxha Bojaxhiu, conhecida como Madre Teresa de Calcutá, nasceu na
atual Escópia, capital da República da Macedônia, numa família católica da
comunidade albanesa. Foi educada numa escola pública e, ainda jovem, tornou-se
solista no coro da igreja.
Determinada a seguir sua vocação religiosa, Agnes ingressou na
Congregação Mariana. Em setembro de 1928, ingressou na Casa das Irmãs de Nossa
Senhora do Loreto, em Dublin, na Irlanda. De lá partiu para a cidade de
Darjeeling, na Índia, onde as irmãs de Loreto tinham um colégio, em 1931. Lá
fez noviciado e finalmente fez os votos de obediência, pobreza e castidade,
tomando o nome de Teresa.
(Continua em Periscópio)
Frases e Pensamentos de Madre Teresa de Calcutá
- “Não devemos permitir que alguém saia da
nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.”
- “Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba.
Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona. Ame apenas, pois o tempo
nunca pode acabar com um amor sem explicação”.
- “É fácil amar os que estão longe. Mas nem
sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado”
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