sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

A MISSÃO HUMANITÁRIA DE ZILDA ARNS

 Mesmo conservadora e antifeminista, Zilda era empoderada” -

Janeiro está terminando e vem a nossa lembrança a imagem carismática da doutora Zilda Arns, a médica que encantou o mundo como gestora de políticas de saúde e fundadora da Pastoral da Criança. Lutou como ninguém para impor sua agenda mística salvando menores e desamparados. Morreu justamente num mês de janeiro, em 2010, dia 12. Estava no Haiti, arrasado por uma onda de terremotos. Estava em missão humanitária com o objetivo de instalar ali a Pastoral da Criança. Outro terremoto naquele fatídico dia, sacudiu a capital, Porto Príncipe, matando 316 mil pessoas. Zilda Arns foi uma das vítimas.



Só relaxava e abria o sorriso se estivesse entre as crianças;


Apoiada por seu irmão, dom Paulo Evaristo Arns (que faleceu em 2016), seguiu fielmente os passos da Teologia da Libertação. Fundou a Pastoral em 1983, ao lado do então presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Geraldo Magella.

Zilda, quando menina era apelidada de “Tipsi” ou bonequinha, em alemão. Essa descendente de  alemães nasceu em 1934. Os 13 filhos do pai, Gabriel, trabalhavam na olaria da família em Forquilhinhas, no sul de Santa Catarina. A mãe, Helena, era parteira e a inspirou seguir carreira de médica, formando-se em Pediatria.  Brigou com Deus e o mundo, melhor dizendo, com alguns dos seus supostos representantes na terra. Insistia pela obtenção de recursos para desenvolver e atender os mais necessitados de sua Pastoral da Criança e Pastoral da Pessoa Idosa. A força de vontade, e o senso administrativo eram fortes em sua personalidade. 



Ao lado do irmão, dom Evaristo: uma mistura de autocracia e ternura, 

missão e martírio;


Fez campanhas pelo soro caseiro, foi contra o uso da camisinha como contraceptivo. Foi a única voz discordante na votação da lei que permite o aborto de anencéfalos.  Morreu fazendo o que mais amava – o bem. 




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