Está mais do que provado. Uma boa política de comunicação estimula os cidadãos a apoiar seus governos, ou, pelo menos, suas ações. Mas, poucos governantes entendem que a comunicação por si só não faz ou produz milagres. Muitos prefeitos, principalmente nesse nível de governança, infelizmente, só vêm entender isso após o fim dos mandatos ou nos seus dias finais. Não basta só o “lero-lero” costumeiro que fará mudanças, aliás, nunca fez.
Não
basta montar uma boa equipe de comunicação em seus quadros auxiliares, embora
importantes e necessários esses profissionais, para se construir o que se denomina chamar de “unidade
de imagem do governo”.
Além deles e muito mais que eles, o importante é estabelecer um
diálogo produtivo, uma relação de confiança, imprimir transparência nas decisões
do governo e governados. É a partir daí que o prefeito e seus auxiliares mais imediatos e
diretos construirão os caminhos que
favorecem o reconhecimento público, de suas ações, possibilidades e limitações.
Esse deve
ser o papel principal do chamado “grupos
de transição de governo”, cuja tarefa é dar ao
futuro governante a radiografia da realidade local, do que ele encontrará pela
frente, em termos de desafios, obrigações e comprometimentos contratuais, dos recursos
que disponibilizará nas áreas da educação, saúde, habitação, cultura, etc.
Lamentável é que essas informações, - na maior parte das vezes - chegam às mãos do novo prefeito tardiamente, atrofiadas,
incompletas, carentes de dados, sem refletir a real situação financeira da
administração municipal. Antigos vícios que, pelo visto, ainda continuam.
Em
determinado município, categorias de servidores
prejudicados pelo não recebimento dos seus salários, em atraso, e sem previsão
do pagamento, se nivelam com o mesmo drama do prefeito que tenta, por todos os
meios resolver o problema a curto prazo,
embora, sem os meios para isso.
As
negociações em busca de solução ficam mais difíceis,intransigentes e complexas. Com certeza se
esse diálogo tivesse ocorrido antes mesmo da posse estaria num patamar e espaço mais privilegiado para as negociações.
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