segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

TEOTÔNIO - O Menestrel da Alagoas

“A vida política continua comigo, continuarei lutando lá fora, só não terei o privilégio de usar esta ou aquela tribuna. Quanto ao mais, prosseguirei na minha vida de velho menestrel, cantando aqui, cantando ali, cantando acolá, as minhas pequeninas toadas políticas”.


Os dicionários definem democracia como o sistema político em que o poder é exercido pelo povo através do voto universal. Outro significado poderia ser “Teotônio Vilela”. O Menestrel da Alagoas nasceu há mais de cem anos, no dia 28 de maio de 1917.

Ainda em Alagoas, casou-se com Helena. Aos poucos, foi tomando gosto pela política. Filiou-se à União Democrática Nacional (UDN), partido de orientação conservadora que fazia feroz oposição ao presidente Getúlio Vargas.

A porta de entrada no mundo da política formal foi a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, em 1954. Lá, juntou-se à chamada bancada do açúcar, que reunia representantes dos usineiros. Seis anos depois tornou-se vice-governador na chapa do general udenista Luiz de Souza Cavalcante.

Estava em Alagoas quando os militares derrubaram o presidente João Goulart e tomaram o poder, em 1º de abril de 1964. O golpe contou com o apoio de Teotônio.

O homem da democracia entrou na carreira política como um político conservador. Umas das primeiras resoluções da ditadura iniciada em 1964 foi a extinção dos partidos que atuavam até então. Aos políticos, duas alternativas: a Aliança Renovadora Nacional (Arena) – que apoiava o regime militar – ou o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que representava a oposição consentida. Teotônio tomou o rumo da Arena, como explica o consultor do Senado Marcos Magalhães.

(Continua na página PERISCÓPIO)

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