“A vida política continua comigo, continuarei lutando lá fora, só não terei o privilégio de usar esta ou aquela tribuna. Quanto ao mais, prosseguirei na minha vida de velho menestrel, cantando aqui, cantando ali, cantando acolá, as minhas pequeninas toadas políticas”.
Ainda em Alagoas, casou-se com Helena. Aos poucos,
foi tomando gosto pela política. Filiou-se à União Democrática Nacional (UDN),
partido de orientação conservadora que fazia feroz oposição ao presidente
Getúlio Vargas.
A porta de entrada no mundo da política formal foi
a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, em 1954. Lá, juntou-se à chamada
bancada do açúcar, que reunia representantes dos usineiros. Seis anos depois
tornou-se vice-governador na chapa do general udenista Luiz de Souza
Cavalcante.
Estava em Alagoas quando os militares derrubaram o
presidente João Goulart e tomaram o poder, em 1º de abril de 1964. O golpe
contou com o apoio de Teotônio.
O homem da democracia entrou na carreira política
como um político conservador. Umas das
primeiras resoluções da ditadura iniciada em 1964 foi a extinção dos partidos
que atuavam até então. Aos políticos, duas alternativas: a Aliança Renovadora
Nacional (Arena) – que apoiava o regime militar – ou o Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), que representava a oposição consentida. Teotônio tomou o rumo
da Arena, como explica o consultor do Senado Marcos Magalhães.
(Continua na
página PERISCÓPIO)
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