Como já estou aposentado, já deveria ter deixado essa aparente curiosidade, ou um vício? de ficar de olho nos feriados e dias santos do calendário do ano que começa. Mais precisamente naqueles feriados/santificados que se aproximam mais dos fins de semana. Em 2021 vamos ter dois feriadões em abril (Paixão de Cristo) e Proclamação da República em novembro, ambos com as benditas sextas e segundas. Quando eu trabalhava em rádio, onde as folgas são escassas devido à natureza da profissão, no primeiro de janeiro, - além das costumeiras promessas de ano novo, que nunca são cumpridas – eu já antevia por antecedência, como ia programar minha férias e folgas.
Na verdade, já começamos com esse do começo do ano. Afinal depois de folgas prolongadas a mão de obra volta mais renovada, mais bem tratada, revigorada, para produzir mais. Os patrões precisam entender também isso, se o seu operário se desgasta demais não terá um melhor rendimento, seja atividade intelectual seja atividade física. Parece brincadeira, mas os japoneses e os ingleses têm mais feriados prolongados do que nós brasileiros. No Uruguai, a Páscoa, por sinal, se comemora uma semana inteira. Nos Estados Unidos então nem se fala, basta previsão de nevar para tudo parar. Vivemos aqui e lá fora numa “dolce far niente” como dizem os italianos (a doçura de fazer nada, relaxar).
“fruta
não cai longe do pé”
Uma boa
notícia de começo de ano, enaltecer as boas nunca é demais em qualquer época do
ano. O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, acaba de ser
eleito o presidente de Banco Central do Ano. Escolhido por unanimidade entre os
diversos países participantes de evento realizado e patrocinado pelo grupo do jornal “Financial
Times” da Inglaterra. A escolha ocorreu,
segundo a publicação “The Banks”, órgão do grupo, por conta do papel da
instituição na economia brasileira ao longo de 2020. Diz o documento:
“No momento em que o mundo todo foi afetado
pela pandemia do Covid-19, o Brasil foi um dos países mais atingidos pela crise
sanitária. Enquanto as expectativas no início do ano era de que a economia mais
robusta da América Latina se contraísse, em mais de 9%, os números foram
revistos drasticamente, no final do ano, para cerca de metade disso”. E
complementa:
- “A previsão do Fundo Monetário Internacional – FMI, passou de 9,1% para 5,8%”. Ainda, segundo alguns analistas a contração poderá ser ainda menor, algo em torno de 4,5%. Pense numa figura que faz o seu trabalho sem alarde, discreto, sem aparecer nos holofotes, sem aquele perfil do político fanfarrão. Quando ele fala, fala com ponderação e conhecimento técnico da matéria, ou seja, transmite credibilidade.
Não é à toa que é apontado como o Ficha Um, o
mais cotado para substituir o ministro Paulo Guedes, numa eventual saída do
ministro da Economia. Ou seja, a “fruta
não cai longe do pé”, lembrando o avô, o economista e ex-ministro Roberto
Campos.
O hábito faz o monge
Como dizia
na antiguidade o velho provérbio “O
hábito faz o monge” que depois tomou um caminho diferente graças a uma
referência do escritor José de Alencar, no ano de 1854. Ou seja, o homem deve
ser visto por sua aparência e também, pelos seus atos e condutas. Alencar,
contrariando a velha máxima, propôs que o homem é visto por sua aparência e não
pelo que é: “Hoje, apesar do rifão
antigo, todo mundo entende que o hábito faz o monge. Vista alguém uma calça
velha e uma casaca de cotovelos roídos. Embora seja o homem mais relacionado do
Rio, passará incógnito e invisível”. (Folhetim Ao correr da pena). Ontem
como hoje, vale mais a embalagem, a aparência
do produto que sua qualidade e o seu real valor.
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